terça-feira, 22 de março de 2011

IDAF/AC PREPARA OFENSIVA CONTRA NOVOS ATAQUES DE MANDAROVÁ

Lagartas e casulos de mandarová
Foto: Eng. Agrº. Pedro Arruda Campos
A mandioca (Manihot esculenta Crantz) ou macaxeira, como é conhecida em alguns estados brasileiros, é uma cultura cultivada nas regiões tropicais e subtropicais e possui ciclo que varia de uma a dois anos, dependendo da espécie e do clima.
Sua raiz é a matéria prima para a fabricação da farinha e da goma (amido), produtos estes muito apreciados pela população brasileira, principalmente dos nortistas e nordestinos, na confecção de diversos pratos.
No Estado do Acre a farinha é, desde a decadência dos seringais nativos, o principal produto de origem vegetal de maior relevância econômica e social.
Apesar de ser uma cultura rústica, possui alguns inimigos naturais como pragas e doênças. Dentre as pragas que atacam os plantios o mandarová (Erinnyis ello L.), também conhecido em algumas regiões por mandruvá, gervão, etc., é a de maior importância dado a sua voracidade, capacidade migratória e adaptação climática. É cosmopolita por excelência.
Seus ataques são esporádicos, o que dificulta um controle planejado e consequentemente mais efetivo.
Mandiocal após ataque severo.
Foto: Eng. Agrº. Pedro Arruda Campos
Dependendo da severidade do surto, as perdas podem chegar a 70% (setenta por cento) da produção de raízes, haja vista que a planta terá que gastar todas as suas energias para a emissão de novas folhas.
Quando o ataque ocorre em plantas jovens pode ocasionar a morte destas, elevando este índice ao nível de 100% (cem por cento) de perdas.
Dentre os tratamentos existentes o Baculovirus erinnyis (obtido através da maceração das próprias lagartas infectadas) é um dos controles que apresentam até 100% (cem por cento) de eficácia, desde que a aplicação seja realizada até o terceiro ínstar. Após esta fase o produto torna-se sem efeito, sendo necessário a utilização de agroquímicos, que além de caros possuem, na maioria das vezes,  baixo rendimento e afetam negativamente o meio ambiente.
Portanto, para um controle econômico e ambientalmente eficaz, necessário se faz uma inspeção permanente por parte dos agricultores, com uma frequencia nunca inferior a uma vez por semana, objetivando a detecção de ovos ou lagartas em seu estádio inicial de desenvolvimento.
Os técnicos de Defesa Vegetal do IDAF/AC - Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre já há algum tempo vem estudando os hábitos dessa praga, principalmente no que diz respeito a seu ciclo biológico. Esta experiência demonstra que há uma tendência de diminuição no período de desenvolvimento e reprodução do inseto.
Com isso, a atenção no combate terá que ser redobrada. Além do mais, a praga que até o ano de 2009 era endêmica da região do Vale do Juruá (Cruzeiro do Sul, Mancio Lima, Rodrigues Alves e Thaumaturgo), em 2010 chegou aos municípios de Feijó (também no Juruá), Sena Madureira e Bujari, também polos produtores de farinha.
Assim sendo, caso não haja uma política de governo séria voltada aos produtores de mandioca, haverá uma queda acentuada na cadeia produtiva do Estado.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

IDAF/AC INTENSIFICA CAMPANHA CONTRA BICO DOCE

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre - IDAF/AC, através de sua Gerência de Defesa Vegetal, cumprindo o que determina a Lei estadual nº 1.116/94, a Lei federal nº 7.802/89 e Resolução da ANVISA, intensificou a campanha de combate à comercialização de produtos agrotóxicos irregulares ou ilegais.
O alvo desta vez é o inseticida conhecido por "Bico Doce" e suas variações "Bico Doce Orgânico", "Bico Doce Legítimo" e "Bico Legítimo", os quais encontram-se espalhados na maioria dos estabelecimentos que comercializam produtos agropecuários, pequenos comércios e até em grandes supermercados.
O produto, mesmo apresentando em seus rótulos os dizeres "produto não prejudicial à saúde" e "feito à base de ervas naturais", é uma manipulação de agrotóxicos (o que é sistematicamente proibido por lei) conhecidos e comercializados nas principais cidades produtoras do país.
As leis acima citadas são claras quanto à produção, comércio e utilização de produtos agrotóxicos, inclusive proibindo a fabricação destes em áreas urbanas.
A utilização de agrotóxicos e afins só é permitida em áreas rurais e para que possam ser comercializados precisam estar registrados no MAPA e cadastrados no órgão estadual de defesa agropecuária, que no Acre é o IDAF.